segunda-feira, 24 de agosto de 2015
Há o Vale do Paraíba
Antonio Gomes Comonian
Há o Vale do Paraíba,
Coberta por serras e morros,
Banhada por cachoeiras e rios,
Que serpenteiam entre a flora,
Criando paisagens de arrancar
suspiros.
Há o Vale do Paraíba,
Mocidade talentosa e ardente,
Felizes são os caipiras valeparaibanos,
Nesta terra de brava gente.
Há o Vale do Paraíba,
Terra de romeiros e benzedeiros,
De grandes catedrais,
E pequenas capelas rurais.
Festas religiosas sempre têm,
Com Aparecida, Piedade e Frei Galvão
também,
Além da tradicional culinária: frango caipira,
doces e café.
Região com curvas longas e delicadas como
o corpo de muié.
Há o Vale do Paraíba,
Cenário criado para contemplar a
simplicidade,
Palco da história- no interior de suas
cidades,
Terra de antiga escravidão,
Mas também de libertação,
Cúmplice da nossa sociedade.
Vítima de guerras e revoluções,
Formadora de verdades e constituições.
Conservadora de fazendas e casarões.
Terra de saci, caipiras, índias e
barões.
Contemplamos as importantes Estações,
E os sublimes trabalhos realizados
pelos acadêmicos,
Artistas e Guardiões.
Há o Vale do Paraíba,
Entre vastos campos e grandes cidades.
De fazendas imperiais,
Passando pelas cidades mortas,
Tornando-se centros industriais.
Há o Vale do Paraíba,
Vale a pena conhecer,
E nessa terra viver,
Viver até morrer.
Rafaela Molina
quarta-feira, 19 de agosto de 2015
Namorizade
Somos dois corpos, Duas histórias separadas, Encontradas em tempos tardios, Momentos importunos. Caminhos que se cruzam, Sem poder permanecer. Dois sentimentos que identificam-se como amigos. Duas vidas separadas pelo destino. Dois amigos, Que se entregam ao abraço, Dois amantes, Que não negam o colo e o afago, Dois amigos, Que arrepiam-se em cada simples toque, Dois amantes, Que penetram-se através do olhar, Dois amigos, Que seus corpos se reconhecem como amantes, Dois amantes, Que no vão da despedida... Perdem-se no silêncio do abraço, Ou no vazio de um beijo. Rafaela Molina
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