O vento acaricia meu rosto,
Encontro-me no verde do jardim,
Ao som da orquestra das cigarras.
No anoitecer,
Sinto-me reviver.
No silêncio,
As cigarras,
Não caladas.
Sinto meus cabelos a dançar,
No ritmo das ondas sonoras,
De seus últimos momentos de vida.
A noite cai,
E as cigarras também,
A luz se vai,
E o som da orquestra,
Cala-se!
Diante do quadro,
Pintado por Deus:
Natureza,
Pude presenciar,
Sentir,
E apreciar.
Num rápido instante,
Do esperar,
Esperar,
A orquestra parar,
E o fluxo da vida,
Cotidianidade e agitação,
Continuar...
Assisti,
A poesia e a arte,
Daquele jardim,
Sendo interrompida,
Pela realidade da buzina,
E o corre corre,
Da vida urbana,
Aumentando,
A ânsia da menina,
Por poesia.
Rafaela Molina