A Europa no século XIX passou por uma revolução
que trouxe profundas mudanças nas relações sociais e econômicas mundiais- A
Revolução Industrial, que acentuou a exploração do trabalho assalariado e o
antagonismo das classes sociais: burguesia, detentores do capital industrial e
proletário, trabalhadores assalariados dependentes do capital industrial. A
partir desse contexto, surgiram muitas teorias contra essa desigualdade social:
o socialismo utópico francês, comunismo soviético e marxismo alemão.
Esta última teoria merece atenção, pela
sua aplicação na teoria da educação. Karl Marx um pensador alemão que aderiu a
militância comunista, desenvolveu uma das teorias mais influentes da história-
o marxismo. Marx teve uma atuação marcante na teoria e na prática da política
de sua época. Suas obras mais marcantes foram: O Manifesto Comunista, realizado
com Engels e O Capital, sua obra prima.
Em sua teoria, Marx nos apresenta o
proletariado: trabalhadores assalariados; luta de classes: que seria o grande
condutor das revoluções sociais e econômicas, por exemplo: patrícios versus
escravos, senhores feudais versus servos e capitalistas (burguesia) versus
trabalhadores assalariados (proletário); materialismo histórico: baseado nos
meios de produção e a alienação: onde a ideologia da classe dominante seria
imposta à classe dominada. Neste caso, a educação organizada pelas instituições
políticas subservientes ao sistema de produção capitalista, terá grande poder
de alienação das massas, perdendo apenas para a mídia que tem um maior alcance
social.
Para Marx, a educação precisa ser
transformadora e não reprodutiva, educar precisa ser um desafio social e por
isso é preciso superar uma sociedade voltada à produção aos bens de consumo,
que despreza a natureza humana e histórica. Para ele, deveria ter a união entre
trabalho, instrução intelectual, exercício físico e treino politécnico, para a
elevação da classe operária. Neste caso, a educação não seria um instrumento de
alienação, uma simples produtora de mão de obra, ensinando apenas uma função
específica e básica. Mas seria, um instrumento de emancipação da classe
operária, uma educação transformadora, com formação humana, intelectual e não
opressora.
Marx acreditava que através da educação
seria possível a Revolução do Proletariado, que resultaria em uma sociedade sem
classes, por tanto, sem desigualdade social. Podemos dizer, que o marxismo é uma luta em prol das classes
subalternas, dominadas pela ideologia capitalista. Marx nos apresenta uma
alternativa de uma nova sociedade que só será possível através da luta de
classes, da superação do meio de produção capitalista e de uma educação
socialmente transformadora.
Profª Rafaela Molina
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